Quando eu era gerente nas empresas de consultoria por que eu passei, aprendi uma dura lição que era a pressão que vinha de vários lados: era a equipe pressionando por melhores condições, mais prazo e menos trabalho, clientes pressionando por entregas mais rápidas e redução nos preços, e ainda a alta gestão buscando a eficácia operacional para ter lucro, natural!
Hoje como um empreendedor compreendo que a pressão continua, apesar de não ter mais diretoria, já que eu sou a direção. Tornou-se ainda maior a pressão do cliente e eu não tenho média gerência para repassar essa pressão e ainda preciso defender ao máximo a equipe para que ela não perca a produtividade e não sinta a pressão externa (Mas normalmente mantém a pressão interna sobre mim).
Claro que deixar de ser gerente e me tornar um empresário foi uma troca que me agradou muito pois tenho mais autonomia, em contrapartida, tenho menos segurança, já que não tenho um empregador garantido o meu salário e uma CLT ao meu lado.
E como coach de empreendedores vejo em meus clientes que o sentimento de solidão, o alto nível de estresse, e ainda me arrisco dizer, uma certa desorientação, principalmente neste momento de crise, vem agravando ainda mais os resultados e a qualidade de vida do empreendedor. A pressão tá alta mesmo, haja remédio!
Recentemente eu vi um vídeo do Steve Jobs sobre fracasso e achei formidável por ser tão simples e tão poderoso o seu conselho: Ele nos recomenda a pedir ajuda, algo que ele começou a fazer aos 12 anos ( veja o vídeo neste link – está em inglês).
Eu gostei muito deste conselho por que ele se apoia justamente para eliminar o sentimento de estar sozinho tomando tiro de todos os lados! Tem muito empreendedor que poderia estar melhor se fizesse isso (e não me dê a velha desculpa do dinheiro)!
E tem mais uma coisa, percebo que as mulheres saem na frente nesse quesito, elas são mais abertas a pedir ajuda, já entenderam essas dinâmica de obter uma perspetiva de fora. Agora, escuto também, muito e muito, que mesmo os que estão mais abertos a trocar, a ouvir, a pedir, não encontram exatamente o suporte que precisam. Isso por que existe muito grupo por ai!
Por exemplo, existem grupos para gerar novos negócios, o que é ótimo, mas não atende a uma demanda de crescimento pessoal, de organização, de definição de metas, e que no final, o empresário não pode expor suas fraquezas, afinal, ele não vai expor suas falhas para quem está “vendendo” já que o grupo é de geração de negócios.
Outras vezes você busca apoio com a família e amigos mas acaba não obtendo um retorno, acaba sendo só um bate papo!
Finalizo aqui deixando para você essa reflexão: você pede ajuda? como você pede ajuda? para quem você pede ajuda?
Esteja mais aberto (e se é mulher, esteja mais atenta) para que encontre a ajuda certa!
Eu me sinto muito satisfeito ao criar uma relação próxima com meus clientes, em vê-los me ligar para apoiarem melhor suas decisões de negócios, e mesmo as pessoais. Isso me realiza!
Não é fácil empreender, e sentir-se sozinho (ou sozinha), é ainda mais aterrorizante!
Na próxima quinta-feira, escreverei sobre se tornar mais aberto e buscar ajuda certa!